Aracínideos

 Viuva negra




Nome Comum: Viúva-negra
Nome Científico: 
Latrodectus mactans 

FILO: 
Arthropoda
CLASSE: Arachnida 
ORDEM:
 Araneida 

FAMÍLIA: TheridiidaeNome em Ingês: Black widowComprimento: 12 mm (fêmea)Envergadura: 50 mm (fêmea). O macho é um pouco menor. Distribuição: EUA, México, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Ilha do Caribe, Jamaica, Haiti, república Dominicana, Porto Rico, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Brasil e Paraguai, A viúva-negra tem péssima reputação e não é sem razão: sua picada é realmente perigosa. Provoca dores, cãibras e distúrbios nervosos, ou até a morte, no caso de pessoas debilitadas. Na verdade, só algumas fêmeas são grandes o bastante para serem perigosas; geralmente, elas não são agressivas e sua primeira reação ao perigo é se esconder. Existem numerosas subespécies de viúvas-negras, distribuídas pela maioria das regiões quentes. A mais venenosa delas é a do sul dos estados Unidos. São aranhas de porte médio, corpopreto-brilhante e freqüentemente com uma mancha vermelha no abdome, que é muito grande em relação ao corpo e quase esférico. Fazem suas teias em lugares sombrios e frescos, o que explica a sua preferência por casas. Quando um inseto pousa em sua teia, a viúva-negra é avisada pelas vibrações dos fios. Ela corre e envolve sua vítima numa rede espessa de fios antes de aferroá-la com suas quelíceras, pinças ocas que injetam o veneno. Após o acasalamento, a fêmea devora o macho. O casulo onde os ovos são depositados é maior que o corpo da aranha. Dele saem dezenas de filhotes.
Quadro clínico: A sintomatologia do envenenamento parece ser a mesma no mundo inteiro, variando apenas em pequenos detalhes: no local da picada, não se observa anomalia alguma, a dor, intensa, irradia-se, generalizando-se pelo corpo e concentrando-se nas articulações e nos órgãos internos revestidos de musculatura lisa. Pode haver elevação de temperatura no começo e mais tarde, é mais comum, porém, baixa temperatura, com calafrios, tremores, cãibras, principalmente nas pernas, pés e dedos dos pés, que se encurvam. Palpitações cardíacas, suores frios, retenção de urina, convulsões tetânicas, estados dolorosos das vísceras são comuns, à medida que o envenenamento se propaga.
Tratamento: O tratamento consiste na aplicação de medicamentos antialérgicos, cardiotônicos e calmantes.
IMPORTANTE: Toda pessoa agredida por aranhas deve ser encaminhada ao Pronto Socorro e se possível levar a aranha para identificação. Lembre-se sempre que a rapidez de atendimento em acidentes com qualquer animal Peçonhento pode significar a diferença entre a vida e a morte. A auto medicação pode ser fatal e não deve ser realizada. Procure sempre um médico e o pronto socorro mais próximo.
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 Escorpião


Nome Científico: Euscorpius flaviaudus 
FILO: Arthropoda 
CLASSE: Arachnida 
ORDEM: Scorpionida 
FAMÍLIA: (3 famílias) 
ESPÉCIES: Foram descritas cerca de 1.400 espécies distribuídas em seis ou sete famílias, sendo a famíliaButhidae a mais importante, tanto em número de espécies como pelo fato de apresentar espécies causadoras de acidentes humanos. 
Distribuição: Os escorpiões são animais de terra firme, habitando as regiões quentes e temperadas da Terra, dando preferência aos ambientes mais árido onde ocorram uma grande diversidade de espécies.
Habitat: Os escorpiões vivem sob pedras, madeiras, troncos podres, alguns enterram-se no solo úmido da mata, outros na areia do deserto, outros ainda vivem em bromélias, que crescem no chão ou mesmo a grandes alturas nas árvores. Outros dão preferência às proximidades das residências humanas onde se escondem no entulho, em madeiras empilhadas; é frequente aparecerem junto às linhas de trem, escondendo-se sob lajes dos túmulos.
Alimentação: São animais carnívoros e de hábitos noturnos, alimentando-se principalmente de insetos e de aranhas, podendo também ocorrer o canibalismo, principalmente em cativeiro. Podem jejuar por tempo prolongado, armazenando alimento nos divertículos do hepatopâncreas. Observações em cativeiro registram um jejum de até 23 meses. Localizam a sua presa com o auxílio de pêlos sensoriais, as tricobotrias, que estão situadas principalmente nos palpos e que são sensíveis ao menor movimento do ar. A visão é pouco desenvolvida.
Reprodução: Antes do acasalamento, o macho e a fêmea se agarram pelas pinças, fazendo estranha dança. Quando tudo termina a fêmea freqüentemente come o macho.
Período de gestação: é de alguns meses a até um ano.
Nº de filhotes: A fêmea põe 50 ovos.
Filhotes: nascem envoltos numa membrana da qual saem sozinhos ou ajudados pela mãe, e imediatamente sobre em cima do dorso do abdômen da mesma onde permanecem até a primeira troca de pele.
Maturidade: os animais atingem a idade adulta após um ano e meio.
Comprimento: até 20 cm
Tempo de Vida: 3 ou 5 anos, variando conforme a espécie.
Características: Duas garras ou pinças bem desenvolvidas
História e Surgimento: São animais antigos e provavelmente os primeiros a habitarem a terra firme onde lhes foi muito útil a carapaça de quitina de que é formado o seu exoesqueleto e que evita a evaporação excessiva. Surgiram no Siluriano há cerca de 350 milhões de anos atrás e os fósseis apresentam uma grande semelhança com os atuais.
Escorpiões perigosos
São considerados perigosos os escorpiões pertencentes à família dos Buthidae pois, todos podem causar um envenenamento humano necessitando de tratamento médico.
A peçonha de quase todos os escorpiões, embora suficientemente tóxica para matar muitos invertebrados, não é prejudicial ao homem. A picada acarreta, no máximo, uma dor semelhante à de picada de uma vespa ou marimbondo.
Porem, algumas espécies possuem veneno suficientemente toxico para matar um homem. Existem algumas espécies do deserto do Saara que têm o veneno capaz de matar um cachorro em aproximadamente sete minutos e, um homem em sei ou sete horas.
T. serrulatus: cerca de 7 cm de comprimento, cor amarela e 1 par de serrilhas na cauda.
T. bahiensis: cerca de 7 cm de comprimento, cor marrom-avermelhado com as pernas mais claras manchadas de escuro e sem serrilhas na cauda.
Ação do veneno das duas espécies: Neurotóxica
Sintomas: Dor local com sensação de formigamento adjacente ao local da picada: paralisia dos músculos respiratórios; morte por asfixia.
Tratamento: Soro antiescorpiônico ou 5 a 10 ampolas de soro antiaracnídico; Anil de lidocaína a 2%, sem adrenalina, até 3 vezes, com intervalo de 1 hora.
Prevenção de acidentes:
  • Limpar periodicamente os terrenos baldios, próximos às residências; evitar o acúmulo de entulho, pilhas de tijolos, madeiras; não deixar lixo descoberto, procurar enterrá-lo ou ensacá-lo.
  • Cuidar do jardim, aparando a grama, evitando trepadeiras e folhagens muito densas junto às casas.
  • Vedar as soleiras das portas e fechar as janelas, se possível com tela, antes do anoitecer.
  • Limpar a casa periodicamente, fazendo uma limpeza cuidadosa atrás dos móveis, quadros, etc.
  • Principalmente em zonas rurais sacudir as roupas e calçados antes de usá-los.
  • Não virar paus, pedras, ou enfiar as mãos desprotegidas em buracos.
  • Andar calçado e usar luvas de raspa de couro para trabalhar em zona rural, ou dependendo do serviço (limpeza de jardim, remoção de madeira, entulho, etc).
IMPORTANTE: Toda pessoa agredida por escorpiões deve ser encaminhada ao Pronto Socorro e se possível levar o escorpião para identificação. Lembre-se sempre que a rapidez de atendimento em acidentes com qualquer animal peçonhento pode significar a diferença entre a vida e a morte. A auto medicação pode ser fatal e não deve ser realizada. Procure sempre um médico e o pronto socorro mais próximo.
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   Carrapato
Carrapatos
São os CARRAPATOS descritos em Zoologia na Ordem dos Acarina, e encontram-se difundidos por toda a Terra, e concomitantemente à sua atividade hematófaga, intervém também como transmissores de muitos outros agentes causadores de doenças, como vírus, bactérias, protozoários e riquétzias, funcionando portanto como vetores de doenças, tanto aos animais como ao homem.
Geralmente têm a forma oval, e quando em jejum são planos no sentido dorso-ventral, porém quando repletos de sangue de seus hospedeiros, pois é o sangue seu alimento, apresentam-se então convexos e até esféricos.
Algumas espécies podem ter até 25 mm de diâmetro, e sua carapaça quitinosa de revestimento, verdadeiro exo-esqueleto, é firme e resistente, relativamente à sua pouca espessura.
Algumas espécies permanecem toda vida adulta sobre seus hospedeiros, e por isso classificados como parasitas permanentes, outros abandonam-no após haverem sugado sangue e então são classificados como parasitas temporários, melhor dizendo, ecto-parasitas temporários, pois vivem na cobertura pilosa dos mamíferos, seus hospedeiros, apenas parte de seus ciclos biológicos de vida.
Os danos que podem causar à saúde de seus hospedeiros, são de :
Natureza espoliativa - pela quantidade de sangue que podem retirar no ato de sugar, o que é diretamente proporcional não só a quantidade de carrapatos presentes sobre o hospedeiro, como também à sua voracidade e tamanho;
Ação tóxica - causada pela natureza da saliva dos carrapatos, que para sugarem sangue por assim dizer injetam sua própria saliva no ponto em que introduzem seu aparelho sugador, para impedir a coagulação do sangue de suas vítimas, e essa saliva muitas vezes pode causar ação não apenas irritante como também tóxica ou alérgica;
Ação patogênica - conseqüente à possibilidade que existe de se encontrarem infectados por agentes outros causadores de enfermidades, taiscomo vírus, riquetzias, etc. e então transmitirem junto à picada também moléstias outras;
Concomitantemente ao parasitismo por carrapatos, evidencia-se uma imunidade específica nos animais atacados, estando os animais velhos mais protegidos que os jovens, e os importados menos que os autóctones de uma determinada região, à uma determinada espécie também de carrapato.
Dentre as espécies mais comuns, podemos citar:
Argas - Com o denominado A. persicus, que ocorre em todo o Brasil, e parasita preferentemente aves domésticas e selvagens, além do homem. É o transmissor para as aves, da Espiroquetose aviar. Transmite também à pombos, infecção paralítica(Salmonella typhimurium), que pode permanecer latente vários meses nesse parasita.
Dermacentor - Neste gênero, está incluído o:
Dermacentos marginatus - Hospedeiro do cavalo, cão e ovelha, é encontrado na Alemanha e zonas pantanosas do Hesse, além da Hungria, onde é apontado como transmissor da Piroplasmose esporádica do cavalo (Babesia caballi).
Dermanyssus gallinae - Vulgarmente chamado de ácaro vermelho das aves, vive geralmente em galinheiros sem higiene, atacando pombos e galinhas, além de faisões, patos, gansos e aves canoras engaioladas; Durante o dia permanecem escondidos em fendas das instalações onde as aves se alojam, para saírem a noite, para saciarem seu apetite de sangue, retornando a seus esconderijos quando o estômago estiver cheio.
Haemaphysalis - Encontrado na Alemanha e no Oriente Médio, sendo o transmissor da Febre Q.
Hyalomma - Geograficamente encontrados na África, Ásia e região mediterrânea da Europa, na maioria dos casos utilizam-se de dois hospedeiros, principalmente cães e outros carnívoros e são transmissores da babesiose ao cão e aos eqüinos , assim como a Teileriose.
Ornithodorus - Este parasita localiza-se quase sempre no pavilhão auricular de seus hospedeiros, e lhes transmite a febre recorrente, causada por um espiroqueta e também a Febre das Montanhas Rochosas (Riquetziose) nos EUA.
Rhipicephalus - O exemplar mais importante desse gênero, é o Rhipicephalus sangüíneas transmissor da Teileriose e Piroplasmose ao cão. É encontrado no Brasil e na África , e em algumas zonas temperadas do mundo.
Ixodes - Encontrado parasitando os mais diversos animais mamíferos, inclusive aves domésticas e selvagens, répteis e o homem. A ação tóxica manifesta-se clinicamente por reações cutâneas com prurido e eritema, febre, podendo chegar até a paralisias com contraturas, algumas vezes podendo ter curso mortal.
A encefalite humana, pode ser transmitida inclusive por carrapatos, a partir de portadores do vírus, tais como toupeira, ratos e aves, ao serem sugado sangues contaminados.
A espécie Ixodes ricinus - assim como outras espécies do gênero Dermacentor, são os causadores da moléstia denominada Paralisia por carrapatos, em várias espécies animais, sobretudo na ovelha e no homem (crianças);
Parece somente terem tal atividade as fêmeas de carrapato , pouco antes de iniciarem a postura, quando se fixando na região occipital, na proximidade da coluna vertebral próximo do centro respiratório, podem provocar falta de coordenação motora no ato de andar, com tombos e mesmo incapacidade de permanecer em pé, seguindo-se vômitos e até morte do doente.
O diagnóstico da infestação por esse parasita é muito fácil, efetuado pela simples visualização com vista desarmada desse hóspede, de permeio à pelagem ou plumagem dos animais, cuja presença também provoca coceira, a qual é concomitantemente notada nos hospedeiros, esta maior ou de menor intensidade, de acordo com a sensibilidade individual de cada hospedeiro parasitado. Quando o parasitismo é pequeno, a aplicação de graxas neutras, óleos ou glicerina, provocarão a oclusão dos estigmas respiratórios desses hóspedes indesejáveis, que após algumas horas facilmente se desprenderão dos locais em que estejam alojados.
Já sendo a infestação em grande quantidade , somente a aplicação de banhos sob a forma de imersão em banheiras especiais, denominados banheiras carrapaticidas, ou então a aspersão ou pulverização de substâncias especiais, denominadas carrapaticidas, poderá efetuar a eliminação desses hóspedes nocivos.
Até pouco tempo atrás era utilizado o arsênico como carrapaticida, porém devido os acidentes que ocorreram por incúria na sua aplicação, foi o mesmo abandonado como meio de tratamento; Algum tempo depois, também o DDT e o BHC, substâncias essas sintéticas cloradas e fosforadas foram também utilizadas como carrapaticidas, que também foram abandonadas pela ocorrência de intoxicações e mesmo mortes em animais tratados, e pelo efeito efetivamente cumulativo no organismo dessas substâncias.
Hoje, substâncias fosforadas sintéticas como o Assuntol, Trolene, Ruelene e Neguvon são as mais utilizadas como carrapaticidas em todo o mundo.
Para a prevenção dessa parasitose, os meios que melhor tem funcionado, são as aplicações sistemáticas de carrapaticidas nos animais. Para tal, as modernas banheiras carrapaticidas quer de imersão quer de aspersão ou pulverização são os melhores; As aplicações, devem guardar um intervalo característico para cada espécie animal, assim como ter-se em conta a espécie do carrapato a ser exterminado ou controlado.
Em se tratando de cães ou gatos parasitados por carrapatos, deve ser tomado especial cuidado na prescrição do inseticida a ser utilizado para seu combate, pelo fato de serem tais animais carnívoros, e por isso especialmente sensíveis às substâncias sintéticas cloradas ou fosforadas usualmente fabricadas para referida utilização. Além desse cuidado, redobrada atenção durante a aplicação do inseticida é também indicada, evitando-se que o animal ingira ou aspire o produto na hora de sua aplicação, sob pena de intoxicações muitas vezes graves causadas por tais produtos quando acidentalmente absorvidos.
Quando a infestação for leve, existem no mercado produtos específicos para cães e gatos, aplicados na forma de pulverização por todo o corpo do animal ou diretamente na nuca do mesmo, que se seguidas devidamente as instruções, não oferecem riscos de intoxicação ao animal.





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